É possível fechar a conta da saúde

O diagnóstico, apresentado pelo médico Carlos Ceppas Lynch em artigo publicado em O Globo (“A forma como consumimos saúde no Brasil tornou-se financeiramente insustentável”, 26/08/2025), traduz em números e palavras uma realidade que já vinha se desenhando há anos: o custo médico-hospitalar cresce a uma taxa de 14,6% ao ano, quase três vezes acima da inflação, e coloca em xeque a sustentabilidade de operadoras, hospitais, médicos e pacientes. Em paralelo, dados do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) estimam que o país precisará de mais de R$ 1 trilhão adicionais por ano até 2060 apenas para sustentar o financiamento da saúde, o equivalente a três vezes o gasto público atual. Essa equação, já desequilibrada, agrava-se diante do envelhecimento populacional, da incorporação desordenada de tecnologias caras, da judicialização crescente e da fragmentação de um sistema que, como lembram os pesquisadores Rudi Rocha e Helena Arruda, sofre de “desalinhamento estrutural de incentivos” entre prestadores e operadoras.

Esse descompasso não é exclusivamente brasileiro. Sistemas de saúde no mundo inteiro enfrentam pressão demográfica e financeira, mas países como Inglaterra e Portugal encontraram alternativas ao reforçar modelos de atenção primária e mecanismos de gatekeeping, capazes de reduzir o excesso de consultas e exames desnecessários. No Brasil, o problema se torna mais grave porque a base do financiamento público é frágil e o setor privado, que responde por 60% dos gastos em saúde, cobre apenas um quarto da população. Enquanto isso, o SUS, um dos maiores sistemas universais do planeta, segue subfinanciado desde a sua criação em 1988, apesar de ser responsável por mais de 70% dos atendimentos oncológicos, 90% dos transplantes e toda a vacinação pública. Essa dependência estrutural se aprofunda porque hospitais filantrópicos e Santas Casas, historicamente pilares do atendimento, acumulam dívidas que somavam mais de R$ 20 bilhões em 2023, com metade desse valor contraído junto ao sistema financeiro.

A pressão sobre o caixa dos hospitais é agravada pelas glosas, que já consomem até 16% da receita, e pelo aumento do prazo médio de repasse das operadoras, que saltou de 70 para até 120 dias. A consequência é um círculo vicioso: hospitais recorrem a empréstimos, operadoras elevam mensalidades acima de 15% ao ano, e pacientes enfrentam restrições cada vez maiores ao acesso. Entre 2022 e 2024, a saúde suplementar acumulou perdas de R$ 16,5 bilhões, sendo 40% delas explicadas pelo aumento dos custos médico-hospitalares. Como resume Lynch, “a conta não fecha” porque há mais desperdício do que eficiência, mais fragmentação do que coordenação e mais pressão financeira do que capacidade de pagamento.

É justamente nesse cenário de escassez que surge uma oportunidade histórica. Embora antes até houvesse espaço para absorver ineficiências, agora não há. O desperdício estimado em até 30% de todos os gastos em saúde não pode mais ser tolerado. A crise força uma guinada: a necessidade de equilibrar o sistema passa por reorganizar fluxos, reduzir redundâncias e dar previsibilidade financeira. E isso só é possível por meio da transformação digital. Durante décadas, o setor conviveu com processos manuais, baixa interoperabilidade e ausência de dados confiáveis em tempo real.

Hoje, a maturidade das soluções tecnológicas permite dar um salto estrutural. Como observa o Briefing PR – Rodada Atlantico da Fin-X, a automação e a digitalização já são capazes de trazer “até cinco vezes mais eficiência à jornada cirúrgica”.

É neste ponto que a Fin-X se insere como um caso paradigmático de como a tecnologia pode transformar um setor inteiro. A startup nasceu para enfrentar um problema concreto: a gestão das filas cirúrgicas, que tanto no SUS quanto na saúde suplementar são fonte de atrasos, desperdícios e sofrimento humano. A partir dessa porta de entrada, a empresa compreendeu que a raiz do problema estava no dinheiro: hospitais sem repasse, médicos sem previsibilidade de pagamento e pacientes particulares sem acesso a crédito. Como sintetizou Daniel Shiraishi, cofundador, “não é mais feio falar de dinheiro na saúde”. Ao contrário, reconhecer a centralidade do financiamento é condição de sobrevivência.

A solução da Fin-X foi integrar. A plataforma conecta médicos, hospitais e fontes pagadoras (operadoras, SUS e pacientes), aplicando protocolos cirúrgicos padronizados, digitalizando filas, reduzindo glosas e garantindo transparência em tempo real. Hoje, a empresa processa aproximadamente um milhão de cirurgias por ano, com mais de 30 mil cirurgiões ativos. Seu impacto é nacional, alcançando hospitais e secretarias de saúde em 24 estados. Ao organizar as etapas de autorização, regulação, cotação e pagamento, a Fin-X reduz os custos de transação e devolve previsibilidade ao sistema. Mais que isso, inova ao oferecer soluções financeiras para aumentar o acesso a cirurgias (meios de pagamento e oferta de crédito para os pacientes) e melhorar a previsibilidade financeira dos médicos (previsibilidade de honorários e antecipação de recebíveis), transformando gargalos em soluções. É um modelo que transforma desperdício em valor, redistribuindo-o em benefício de todos os atores.

Este movimento está alinhado a uma tendência mais ampla, a integração entre público e privado em saúde, que precisa ser redesenhada. Como mostra o estudo “Setor Privado e Relações Público-Privadas da Saúde no Brasil: Em busca do seguro perdido”, publicado pelo IEPS em 2024, “o segmento público e o privado não podem ser vistos como compartimentos estanques, pois fazem parte de um único sistema”. A Fin-X materializa esse princípio ao atuar tanto em hospitais privados quanto em secretarias estaduais, com a mesma lógica de digitalização, padronização e eficiência.

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